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    De Projeto da Câmara que institui na legislação brasileira a modalidade de 
    "empresa individual de responsabilidade limitada" foi aprovado nesta 
    quarta-feira (1º) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), 
    em decisão terminativa, por unanimidade e deverá ir a sanção. Essa nova 
    modalidade de pessoa jurídica permite ao pequeno empreendedor explorar 
    atividade empresarial individualmente, sem colocar em risco seus bens 
    particulares.  
     
    Segundo comentou o relator, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), a atual 
    responsabilização ilimitada do empresário torna seu patrimônio pessoal 
    sujeito à cobertura de obrigações relacionadas a sua atividade econômica. 
    Isso afeta sua disposição em correr riscos, argumentou em seguida, levando-o 
    a obter menos empréstimos, realizar menos investimentos, contratar menos 
    empregados e exigir maior remuneração para o seu capital, o que encarece o 
    produto colocado no mercado.  
     
    A proposta (PLC 
    18/11), de autoria do deputado Marcos Montes (DEM-MG), altera o Código 
    Civil (Lei 
    10.406/02) para incluir a empresa individual de responsabilidade 
    limitada entre as entidades de direito privado. De acordo com o texto, esta 
    nova modalidade de pessoa jurídica será constituída por apenas um titular e 
    apenas o patrimônio da empresa constituirá seu capital social, 
    correspondente, no mínimo, a cem vezes o valor do salário mínimo em vigor no 
    país.  
     
    Conforme o projeto, somente o patrimônio social da empresa responderá pelas 
    dívidas da mesma, não se confundindo com o patrimônio pessoal de seu 
    titular. Para o relator, a proposta deveria ser conhecida como "antilaranja", 
    por dar segurança jurídica a empreendedores individuais, que hoje são 
    obrigados a registrar "sócios fictícios" apenas para cumprir exigências 
    legais. 
     
    Na discussão da proposta, o senador José Pimentel (PT-CE) ressaltou que a 
    medida irá retirar da informalidade inúmeros empreendedores individuais. A 
    nova modalidade de pessoa jurídica também foi saudada, entre outros, pelos 
    senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO), Jorge Viana (PT 
    - AC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).  
     
    Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão,
    
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