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    Representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Corregedoria 
    Nacional de Justiça participaram na última sexta-feira (29/04), em São José 
    do Rio Preto (SP), do simpósio “Parcelamento Ilegal do Solo Urbano e 
    Regularização Fundiária”, em busca de iniciativas que possam ser levadas a 
    outras localidades, já que o problema atinge todo o país. 
     
    Nos últimos anos, foram feitas muitas leis para facilitar a regularização 
    fundiária. “É algo extremamente complexo, mas a regularização é necessária”, 
    explicou Antonio Carlos Alves Braga Júnior, juiz auxiliar da Presidência do 
    Conselho Nacional de Justiça. A partir desses debates, o CNJ deve avaliar a 
    possibilidade de alguma regulamentação que dê mais segurança aos cartórios 
    na hora de registrar os imóveis. 
     
    O município de São José do Rio Preto tem 108 loteamentos irregulares, que 
    abrigam milhares de pessoas, mas não têm documentos que permitam a 
    regularização dos terrenos. Sem a regularização, os moradores dessas 
    localidades são privados de serviços, como energia elétrica, água, esgoto, 
    limpeza. 
     
    “Esse tipo de problema é generalizado no país, e é difícil de prevenir e 
    mais difícil ainda de consertar”, comentou. Segundo Braga, embora haja 
    grande variedade de ponto de vista sobre a questão, os participantes do 
    seminário foram unânimes na defesa de uma solução tanto os loteamentos 
    ocupados por pessoas de baixa renda quanto para outros segmentos. 
     
    O fundamental, para ele, é a recuperação do conceito de cidade, que 
    pressupõe a convivência pacífica entre seus habitantes, acabando com a 
    formação de guetos de exclusão e violência. 
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