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    O Fórum de Assuntos Fundiários do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai 
    levantar experiências bem sucedidas de regularização do solo urbano, feitas 
    em São Paulo e Minas Gerais, para replicar em outras unidades da federação. 
    A proposta, aprovada na última segunda-feira (14/02) pelo Comitê Executivo 
    do Fórum, é levar o assunto para discussão com os secretários de 
    desenvolvimento urbano dos estados e municípios. 
     
    Segundo José Antonio de Paula Santos, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional 
    de Justiça, a partir do programa Minha Casa Minha Vida, São Paulo escolheu 
    uma área problemática e fez a regularização dos terrenos, com a entrega do 
    título de propriedade aos moradores. Além desse caso, o CNJ está estudando 
    também a situação dos municípios do estado do Rio, atingidos por 
    deslizamentos de terras no início deste ano, para adotar medidas 
    preventivas. 
     
    “Não podemos ficar a cada ano enterrando os mortos”, comenta Marcelo Berthe, 
    juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do Fórum Fundiário. 
     
    Na área rural, uma das preocupações é com o trabalho escravo. O CNJ vai 
    instituir um programa de qualificação e garantia de emprego para os 
    trabalhadores libertados da escravidão. Segundo José Eduardo Chaves Júnior, 
    juiz auxiliar da Presidência do CNJ, algumas empresas já se dispuseram a 
    entrar no programa. Os diversos órgãos do Executivo envolvidos com a 
    questão, segundo o juiz, verificaram que grande parte dos trabalhadores 
    libertados volta ao regime de escravidão, já que não tem como sobreviver. 
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