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    Até 22 de novembro, oficiais e escreventes dos cartórios de todo o país 
    poderão se inscrever para participar como voluntários da Força-Tarefa de 
    Apoio às Atividades Notariais e Registrais do Pará. Serão selecionados 208 
    voluntários para visitar os cartórios do Estado, fazer um diagnóstico e 
    capacitar os funcionários das unidades cartoriais. A expectativa é melhorar 
    os serviços e a segurança dos registros de imóveis urbanos e rurais no 
    Estado. 
     
    A iniciativa está sendo organizada pelo Comitê Executivo Nacional do Fórum 
    de Assuntos Fundiários, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria 
    com a Universidade de Registro de Imóveis (Uniregistral) – entidade 
    vinculada à Associação dos Registradores Imobiliários do Estado de São Paulo 
    (Arisp) – e com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará. As inscrições já 
    podem ser feitas pelo portal da
    
    Uniregistral. 
     
    Os voluntários selecionados estarão no Pará de 4 a 10 de dezembro e devem 
    participar de reuniões preparatórias antes do embarque. Todas as despesas de 
    viagem serão custeadas pelo Programa de Modernização dos Cartórios de 
    Registro de Imóveis da Amazônia Legal, que foi estabelecido por um termo de 
    cooperação técnica entre o CNJ e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. 
    Prevê a transferência de R$ 10 milhões ao Conselho, para custear os 
    investimentos iniciais da modernização das serventias extrajudiciais da 
    Região Norte. 
     
    Ensino a distância - A ideia do treinamento surgiu quando o Comitê 
    detectou as limitações tecnológicas da região Norte para a criação imediata 
    de uma rede de ensino a distância (EaD). “É paradoxal que um lugar distante, 
    em que o ensino a distância poderia ser a solução, tenhamos áreas sem acesso 
    a internet ou TV. As aulas presenciais também são inviáveis pela dificuldade 
    de deslocamento entre os municípios onde o transporte é o barco ou por 
    estradas de terra”, explicou o juiz Marcelo Berthe, integrante do Comitê 
    Executivo Nacional do Fórum de Assuntos Fundiários. 
     
    Berthe ressaltou que os resultados da iniciativa serão avaliados. “Se 
    conseguirmos alcançar os objetivos propostos pelo diagnóstico e pela 
    capacitação, provavelmente, vamos propor uma segunda edição da 
    Força-Tarefa”, disse. Depois do treinamento, os voluntários retornarão aos 
    seus Estados de origem e deverão atuar, em cada local, como padrinhos dos 
    cartórios visitados, respondendo às dúvidas que surgirem. 
     
    Intercâmbio - “Após esse primeiro contato, o voluntário poderá ser 
    acionado como um ponto de consulta, caso haja necessidade. Com esse 
    intercâmbio, conseguiremos transformar a troca de experiências em 
    conhecimento”, afirmou Antonio Carlos Alves Braga Junior, juiz auxiliar da 
    presidência do CNJ. 
     
    No diagnóstico a ser realizado por eles, os oficiais e escreventes deverão 
    observar o estado de conservação do acervo, bem como questões relacionadas a 
    número de funcionários, equipamentos de informática, instalações e 
    velocidade de conexão com a internet, por exemplo.  
     
    Patrícia Costa 
    Agência CNJ de Notícias. 
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