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    Em reunião na próxima quarta-feira (13), às 9h30, a Comissão de 
    Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) deverá votar, em decisão 
    terminativa, projeto que altera o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01) para 
    incluir critérios mais nítidos de classificação que diferenciem o espaço 
    urbano e o rural. 
     
    De autoria do ex-senador Gilberto Goellner, a proposta (PLS 
    316/09) tem como relatora a senadora Ana Amélia (PP-RS), cujo voto é 
    pela aprovação do projeto, que já recebeu parecer favorável da Comissão de 
    Agricultura e Reforma Agrária (CRA). 
     
    Na justificativa da matéria, seu autor explica que o Decreto-Lei nº 311/38 
    trata da divisão territorial do país, mas não estabelece parâmetros 
    quantitativos populacionais estritos que permitam delimitar a divisão entre 
    o espaço urbano e o rural. 
     
    Com base nesse texto legal, as estatísticas atuais que indicam o grau de 
    urbanização consideram como urbanas localidades que não contam com serviços 
    e facilidades típicas de uma área efetivamente urbanizada. 
     
    Como a delimitação do perímetro urbano está a cargo de cada administração 
    municipal, não há um critério único nacional para estabelecer a fronteira 
    entre o que é área urbana e o que é rural. O bom senso, aliado às 
    conveniências locais - como a definição da área urbana para fins de cobrança 
    do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) -, passa a ser o parâmetro 
    delimitador. 
     
    Na avaliação do autor, pela facilidade de mensuração e pela grande 
    correlação com outras medidas de urbanização, a densidade demográfica deve 
    ser considerada hoje como o melhor indicador da alteração ambiental pelo 
    homem e, por consequência, do efetivo grau de urbanização das localidades. 
     
    O que se pretende com o projeto, segundo Goellner, é eliminar uma distorção 
    da idéia que se tem do grau de urbanização do país, introduzindo um critério 
    mais racional de classificação dos espaços urbano e rural do território e, 
    com isso, tornando possível um melhor entendimento das reais necessidades de 
    cada localidade.  
     
    Com essa compreensão, afirma, políticas públicas voltadas para a solução dos 
    problemas urbanos e rurais poderão ser elaboradas com maior precisão, 
    melhorando a eficiência na aplicação dos recursos públicos. 
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