Juízes da Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais falaram do selo
eletrônico implantado no Estado, que é considerado o mais seguro de todo o
país.
A primeira palestra do I Simpósio Notarial Mineiro realizado pelo Colégio
Notarial do Brasil – Seção Minas Gerais (CNB-MG), nesta sexta-feira (15.06),
em Belo Horizonte, foi presidida pela vice-presidente da entidade, Yara
Sarmento, e proferida pelos juízes auxiliares da Corregedoria para os
Serviços Notariais e de Registro, Gilson Soares Lemes e Leopoldo Mameluque.

Primeira palestra do I Simpósio Notarial Mineiro foi sobre o selo
eletrônico implantado em Minas Gerais
Antes de dar início à apresentação sobre os “Aspectos relevantes da
fiscalização e o selo eletrônico”, o juiz Leopoldo Mameluque falou da
implantação do projeto piloto do selo eletrônico no 4° Ofício de Registro de
Imóveis de Belo Horizonte. “O projeto está funcionando muito bem. Nossa
proposta agora é implantar o selo eletrônico nos cartórios de notas e, em
seguida, nos de registro civil. Estudamos o projeto do selo eletrônico
implantado em outros estados e o que hoje está em Minas é o melhor em termos
de segurança”, informou o juiz, que está deixando a Corregedoria-Geral de
Justiça de Minas Gerais (CGJ-MG) no final do mês de junho.
O selo eletrônico é uma sequência de caracteres alfanuméricos gerados por um
sistema e que pode ser adicionado em etiqueta ou mesmo no próprio documento,
e visa oferecer mais modernidade, transparência, eficiência, agilidade e
autenticidade aos documentos expedidos pelos serviços notariais e registrais
do Estado. O selo eletrônico será utilizado, gradativamente, em todos os
serviços notariais e de registro, inclusive naqueles considerados
deficitários.
Em seguida, o gerente de Fiscalização dos Serviços Notariais e de Registro,
Iácones Batista Vargas, falou do planejamento estratégico da CGJ-MG,
sugerindo a criação de um fórum permanente entre a Corregedoria e as
entidades de classe. “A intenção do fórum é a discussão de temas
relacionados à atividade notarial e de registro, cumprindo o objetivo da
Corregedoria que é o de orientar os serviços extrajudiciais”, disse Iácones.
Em sua exposição, o juiz Gilson Soares falou das desvantagens do selo
físico, como a dificuldade para compra imediata, o alto custo para confecção
e distribuição e a possibilidade de adulteração, extravio e furto. Já como
vantagens de uso do selo eletrônico, ele citou que não há problemas para
armazenamento, nem mesmo a deterioração com o tempo e o furto. “O lote com a
numeração do selo eletrônico fica arquivado no computador. Mesmo que o
computador seja roubado, o selo somente tem validade quando for vinculado ao
ato e depois que os dados forem enviados ao Tribunal de Justiça de Minas
Gerais”, disse Gilson Soares.

O juiz Gilson Soares falou das vantagens, desvantagens, formas de uso e
solicitação do selo
O juiz ainda explicou o processo de consulta, pela população, da veracidade
do documento no site do Tribunal de Justiça, e ainda as formas para
solicitação, geração e utilização do selo eletrônico. “Teremos também com
essa prática a geração de estatísticas e a apuração da DAP (Declaração de
Atos Pagos) e da Taxa de Fiscalização Judiciária”, ressaltou.

A experiência do 4° Ofício de Imóveis de Belo Horizonte foi relatada pelo
registrador Francisco Rezende
O registrador de imóveis do 4° Ofício de Belo Horizonte e presidente do
Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib), Francisco José Rezende
dos Santos, foi convidado para falar da experiência do selo eletrônico e
como está se adaptando ao novo sistema. “Estamos casando o sistema do selo
eletrônico com o sistema de registro do cartório, e está dando certo. Quem
quiser conhecer nosso sistema estamos à disposição. É o projeto de selo
eletrônico de maior segurança do Brasil e aproveito para parabenizar o
Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os senhores Leopoldo Mameluque, Gilson
Soares, Iácones Vargas, e o desembargador Antônio Marcos Alvim Soares pela
iniciativa”, afirmou Francisco Rezende, ao final da apresentação.
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