Arrependimento, erro ortográfico, sensação de que o nome não combinava com o bebê... Conheça histórias de famílias que optaram por trocar o registro dos filhos!
Escolher o nome do bebê nunca é fácil. Mesmo após fazer listas e mais listas ao longo dos nove meses de gestação, alguns pais ainda ficam na dúvida se fizeram a escolha certa — outros, podem até mudar de ideia depois do nascimento. Seja por arrependimento, por erro ortográfico ou por sentir que o nome não combinava com o bebê, algumas famílias optaram por trocar o registro dos filhos no cartório, o que é permitido por lei no Brasil. Reunimos 4 histórias de pais que contaram como foi essa experiência. Confira!
A criadora de conteúdo Kate (@madam.sandler_ no TikTok), dos Estados Unidos, se arrependeu do nome que escolheu para sua filha. Em vídeo viral, a mãe contou que ela e o marido tiveram dificuldade para escolher um nome durante toda a gestação e, quando “a funcionária do registro de nascimento ligou” avisando que chegaria em 30 minutos para recolher as informações, acabaram optando por algo que consideraram “seguro”. Kate disse que escolheram um nome de família: Margaret, o mesmo da avó de seu marido.
Inicialmente, eles pensaram que poderiam encontrar um apelido que combinasse, já que a bebê “simplesmente não parece uma Margaret”. Mas, apesar de tentarem opções como Midge, Margot e até Molly, nada funcionava. “Toda vez que olho para ela, só tenho vontade de chorar, porque o nome dela é Margaret, e ela não parece uma Margaret. Não é que eu odeie o nome, só não gosto dele para ela. Não é o nome dela”, acrescentou.
Eles ainda ficaram muito tempo em dúvida sobre o novo nome, até que cerca de um mês depois, finalmente se decidiram. Em outro vídeo, ela contou que precisava preencher um formulário e enviar pelo correio junto com 20 dólares. Mas, o casal ainda estava indeciso e escolheram o novo nome no mesmo dia: Felicity Joan.
A influenciadora digital Fabia Maira de Godoi Guedes, 35, de São José dos Campos, São Paulo, ficou em choque quando viu que seu marido, o motorista carreteiro, Anderson Donizetti Guedes, 39, havia registrado a filha com o nome errado. Eles já tinham decidido que a primeira filha se chamaria Alice há anos.
"Como no próprio hospital não fazia o registro, no dia 13 eu já estava de alta, inclusive, já estava em casa. Porém, como tive parto cesárea, preferi ficar em casa e meu esposo foi no cartório fazer o registro", conta. Na hora de preencher a ficha, Anderson errou a grafia. "Ele escreveu Alici com 'i' no final creio eu que foi por falta de atenção no momento", diz.
Fabia percebeu o erro quando o marido voltou para casa e a entregou a certidão. "Falei para ele: 'Não acredito que você registrou ela com nome errado!' E ele sem entender nada falou: 'É Alice, não é?' E eu: 'É, mas é Alice com 'e', não com 'i'. Fiquei incrédula, não acreditava", conta. Felizmente, segundo a Lei Federal nº 14.382/22, é possível alterar o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro, e o casal conseguiu consertar o erro.
O analista comercial Leonardo Albuquerque, de Anápolis (GO), saiu com uma única missão: ir ao cartório registrar o filho mais novo, que havia acabado de nascer. Chegando lá, esperou na fila, preencheu todas as fichas e saiu com o documento do bebê em mãos. Só foi perceber horas depois que acabou cometendo uma confusão: registrou o bebê com o mesmíssimo nome do filho mais velho.
Os pais só repararam o erro alguns dias depois. "Ele preencheu o papel da certidão com o nome do primeiro filho, leu, conferiu, e na mente dele estava tudo certo. Quando ele me mandou a foto, eu nem reparei na data de nascimento. Achei que era uma brincadeira", contou a mãe, a agente de viagens Lorena Rosa Pereira em entrevista à CRESCER.
Segundo ela, o marido confundiu os nomes no momento do registro e colocou o nome do filho mais velho também na certidão do recém-nascido. Resultado? Pelo menos por alguns dias, os irmãos compartilham oficialmente o mesmo nome: Lucas Leonardo. Por sorte, o problema foi fácil de ser resolvido. Leonardo só teve de voltar ao cartório onde registrou o filho e desfazer a confusão. Mas, dessa vez, queria ter certeza que não cometeria o mesmo erro. "Ele esperou eu ter alta da maternidade para ir [juntos ao cartório]. Precisava garantir que ia dar certo", brincou Lorena.
A influenciadora Jen Hamilton também contou que mudou o nome de seu filho quando ele tinha 18 meses. No vídeo, ela conta que buscava um nome que refletisse aventura e natureza. Após sugestões que obteve por meio de sites e redes sociais, ela escolheu por Aspen. Com o tempo, percebeu que o nome não representava a personalidade do filho, que se mostrava mais reservado e pouco interessado em atividades ao ar livre.
A dúvida sobre a mudança permaneceu por meses. O apoio da irmã a encorajou a seguir adiante, e a troca se tornou oficial. Aspen passou a se chamar Luke, nome que, para a família, fazia mais sentido. O processo legal durou cerca de um ano.
Pode mudar o nome do bebê?
Sim! A Lei Federal nº 14.382/22, introduzida em junho de 2022, trouxe uma série de mudanças na Lei de Registros Públicos e ampliou o rol de possibilidades para alteração de nomes e sobrenomes. Em até 15 dias após o registro do recém-nascido, se os pais mudarem de ideia, é possível alterar o nome. Depois desse prazo, o filho só poderá realizar a mudança quando completar 18 anos.
O processo é simples. Não precisa nem justificar, basta não gostar do nome. A troca é feita diretamente no cartório, sem a necessidade de procedimento judicial ou contratação de advogados. É preciso pagar uma taxa, o valor é tabelado por lei e pode variar dependendo do estado. Esta norma também permite a correção de muitos casos em que a mãe está impossibilitada de comparecer ao cartório em razão do parto e o pai ou declarante registra a criança com um nome diferente do combinado.
Por: Crescer